Sessa ibn Daher

O brâmane indiano Sessa criando o Chaturanga, predecessor do xadrez (na concepção do artista brasileiro Thiago Cruz, 2007).

Sessa ibn Daher foi, segundo o autor árabe Al-Sephadi,[1][2] citado pelo autor francês Jean-Étienne Montucla em Histoire des mathématiques,[2] o matemático indiano que inventou o jogo de xadrez.[1][2]

Segundo esta história, a invenção do jogo deixou seu senhor, um príncipe indiano,[1] (ou o rei persa Ardshir [2]) tão feliz que este disse que o matemático poderia pedir o que quisesse e que se fosse apropriado, que ele receberia. O matemático pediu apenas um grão de trigo, na primeira casa do tabuleiro, duas para a segunda casa, quatro para a terceira, e assim por diante, dobrando a quantidade até chegar na sexagésima quarta casa.[1][2]

O príncipe, inicialmente, se sentiu ofendido com o pedido, achando que estava muito aquém das suas capacidades, e encarregou seu vizir de arrumar o trigo, porém este, assim que calculou quanto precisava, verificou que era muito mais do que havia no reino, ou mesmo em toda a Ásia.[1][2]

Informado disto, o príncipe chamou o matemático, reconheceu que não conseguia pagar o preço e elogiou o matemático, pois a engenhosidade deste pedido o deixou ainda mais admirado do que a invenção do jogo.[1][2]

O cálculo matemático

O cálculo matemático da quantia pedida por Sessa ao príncipe é expressa pela matemática moderna por meio da fórmula da subtração de um a 2 elevado à sexagésima-quarta potência.

i = 0 63 2 i = 2 64 1 {\displaystyle \sum _{i=0}^{63}2^{i}=2^{64}-1}

A quantidade de grãos de trigo necessária para cumprir a missão era de 18 446 744 073 709 551 615 grãos.[1]

Referências

  1. a b c d e f g Enciclopédia Britânica, edição de 1823, p.549 [google books]
  2. a b c d e f g Charles Hatchett, On the spikenard of the ancients (1836), p.19 [google books]

Bibliografia

  • LASKER, Edward. História do Xadrez. Trad. Aydano Arruda. 2 ed. São Paulo : Ibrasa, 1999.
  • SANTOS, Pedro S. O que é Xadrez?, 1993. (Coleção Primeiros Passos).
  • TAHAN, Malba. O Homem que Calculava. 55 ed. São Paulo : Record, 2001.
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