Protestos no Iraque em 2012–2013

Protestos no Iraque em 2012–2013
Período 21 dezembro 2012 (2012-12-21)– Dezembro de 2013
Local Iraque
Causas
  • Corrupção
  • Desemprego
  • Segurança nacional insatisfatória
  • Serviços públicos de baixa qualidade
  • Alegada marginalização da minoria sunita; que anteriormente detinha o poder supremo
  • Tratamento injusto dos prisioneiros
  • Baixo salário da milícia Sahwa
  • Suposto abuso das leis de Desbaathificação
  • Suposta interferência iraniana em assuntos iraquianos
Características
Resultado
  • Aumento de dois terços de salário para membros da milícia Sahwa
  • Libertação de 3.000 prisioneiros,[1] incluindo 600 prisioneiras femininas
  • Repressão pelas forças de segurança resulta em violência renovada em Anbar
Participantes do conflito
Iraque Grupos de oposição sunitas
  • Manifestantes sunitas
  • Exército do Orgulho e da Dignidade[2]
  • Intifada do Iraque Livre
  • Movimento Popular no Iraque
  • Islamitas sunitas
Iraque Governo iraquiano
Líderes
Liderança descentralizada
  • Rafi al-Issawi
    Ex-ministro das finanças
  • Xeique Ahmed Abu Risha
    Líder do Conselho de Salvação de Anbar
  • Usama al-Nujayfi
    Presidente do Parlamento iraquiano
  • Xeique Ali Hatem al-Suleiman
    Líder Tribal Sunita
  • Ahmed al-Alwani
    parlamentar por Ramadi
  • Xeique Abdul Malik Al-Saadi
    Clérigo sunita
Iraque Nouri al-Maliki
primeiro-ministro do Iraque
Iraque Jalal Talabani
Presidente do Iraque

Os Protestos no Iraque em 2012–2013 começaram em 21 de dezembro de 2012, após uma incursão na casa do ministro das Finanças Rafi al-Issawi, um político sunita, e a prisão de dez de seus guarda-costas.[3] Começando em Fallujah, os protestos depois se espalharam pelas partes árabes sunitas do Iraque. Os protestos centraram-se na questão do alegado sectarismo do primeiro-ministro Nouri al-Maliki. Protestos pró-Maliki também ocorreram no centro e no sul do Iraque, onde há uma maioria árabe xiita. Em abril de 2013, a violência sectária aumentou após os confrontos em Hawija em 2013. Os protestos agressivos continuariam ao longo de 2013 e, em dezembro, Maliki usou as forças de segurança para encerrar com firmeza as atividades do principal campo de protesto em Ramadi. Grupos sunitas, como o Exército dos Homens da Ordem de Naqshbandi,[4] pegaram em armas em resposta, e uniram forças com o Conselho Militar Geral dos Revolucionários Iraquianos, um grupo militante formado por antigos baathistas, para conduzir uma campanha militar contra o governo iraquiano.[5] O Estado Islâmico do Iraque e do Levante viria a crescer depois desse conflito civil.

Referências

  1. «Iraq protesters win first demand: Release of 3,000 prisoners». Middle East Online. 3 de fevereiro de 2013 
  2. «Iraq's Sunnis Form Tribal Army, As Sectarian Violence Builds». NPR. 27 de Abril de 2013 
  3. «Iraq: Maliki Demands That Protesters Stand Down». The New York Times. 2 de janeiro de 2013 
  4. «The JRTN Movement and Iraq's Next Insurgency». Combating Terrorism Center at West Point. Arquivado do original em 26 de agosto de 2011 
  5. Nasrawi, Salah (20 de março de 2014). «The enemy next door». Al-Ahram Weekly. Cópia arquivada em 4 de março de 2016 
  • Portal do Iraque