Paulo Mendes da Rocha

Paulo Mendes da Rocha
Paulo Mendes da Rocha, 2009
Nome completo Paulo Archias Mendes da Rocha
Nascimento 25 de outubro de 1928
Vitória, Espírito Santo
Morte 23 de maio de 2021 (92 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade Presbiteriana Mackenzie
Movimento moderno
Obras notáveis MAC/USP
MuBE
Prêmios Prémio Pritzker 2006, Prêmio Arquiteto do Ano - FNA 2010 e Prêmio Leão de Ouro - da Bienal de Veneza - Arquitetura - 2016. Praemium Imperiale (2016), Medalha de Ouro do RIBA (2017)

Paulo Archias Mendes da Rocha (Vitória, 25 de outubro de 1928 – São Paulo, 23 de maio de 2021) foi um arquiteto e urbanista brasileiro. Pertencente à geração de arquitetos modernistas liderada por João Batista Vilanova Artigas, Mendes da Rocha assumiu nas últimas décadas uma posição de destaque na arquitetura brasileira contemporânea, tendo sido galardoado no ano de 2006 com o Prêmio Pritzker, o mais importante da arquitetura mundial. Em 2010, recebeu o prêmio Arquiteto do Ano, concedido pela Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas, umas das mais importantes da arquitetura nacional, pela sua excelência no ramo. Em 2016, venceu o prêmio Leão de Ouro, da Bienal de Veneza, Itália, na categoria arquitetura, pelo conjunto da obra. Em 2016, recebeu o Prêmio Imperial do Japão, um dos mais prestigiosos do mundo, cuja premiação acontece em Tóquio e pelo qual recebe quinze milhões de ienes (cerca de 480 mil reais) e uma medalha, entregue pelo príncipe Hitachi.

É autor de projetos polêmicos e que constantemente dividiam a crítica especializada, como o do Museu Brasileiro da Escultura e do pórtico localizado na Praça do Patriarca, ambos em São Paulo. Outro projeto muito criticado é o Cais das Artes, um conglomerado cultural com teatro, museu e outros construído nas margens da baía de Vitória (Espírito Santo). O projeto é uma "caixa de concreto aparente" com mais de 30 metros de altura que, além de não aproveitar a lindíssima vista evidente do Oceano, Baia, Morros e Monumentos Históricos, também impediu todo o bairro da Enseada do Suá a ver o Convento da Penha, cartão postal do Espírito Santo.

Filho do Engenheiro Paulo Menezes Mendes da Rocha, que foi diretor da Escola Politécnica da USP.[1]

Biografia

Pórtico e cobertura na Praça do Patriarca em São Paulo

Formou-se em arquitetura e urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, em 1954, fazendo parte de uma de suas primeiras turmas. Nesse período essa faculdade ainda estava ligada a um modelo historicista de arquitetura e Mendes da Rocha passou a participar de um grupo de alunos interessados na arquitetura moderna (como Jorge Wilheim e Carlos Millan).[2]

A arquitetura proposta por Vilanova Artigas o influenciou desde seu primeiro grande projeto, o ginásio do Club Athlético Paulistano. Já nessa primeira obra, Paulo projetou usando o concreto armado aparente, grandes espaços abertos, estruturas racionais, entre outros elementos que viriam a caracterizar a "Escola Paulista" supracitada.[2]

Passou a lecionar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP) em 1961, em meio a um intenso debate social promovido por professores e alunos. Discutiu-se naquele momento o papel social do arquiteto, o que não agradava o governo militar que se instaurou no país em 1964. Em decorrência disso, Paulo Mendes da Rocha teve seus direitos políticos cassados em 1969 junto com outros 65 professores da USP, e proibido de dar aulas.[3]

Retorna à FAU-USP apenas em 1980, como auxiliar de ensino, e mantém-se nessa posição até 1998, quando torna-se professor titular, mesmo ano em que se aposenta compulsoriamente ao completar 70 anos de idade.[3]

Desde então recebeu uma série de prêmios internacionais pela sua obra, realizada em várias partes do mundo, dentre os quais se destacam o Prêmio Mies van der Rohe para a América Latina pelo projeto de reforma da Pinacoteca do Estado de São Paulo (galardeado em 2001) e o Prêmio Pritzker (em 2006).

Paulo morreu em 23 de maio de 2021, aos 92 anos de idade, em um hospital de São Paulo devido a um câncer de pulmão.[4]

Prêmios e honrarias

Obra arquitetônica

Fachada da casa Gerassi construída por Paulo Mendes da Rocha em São Paulo

A arquitetura de Paulo Mendes da Rocha costuma ser apontada como um exemplo paradigmático do pensamento estético que caracteriza aquilo que é chamado de Escola Paulista da arquitetura brasileira, uma linha de projeto que foi encabeçada pela figura de João Batista Vilanova Artigas e bastante difundida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, escola na qual Mendes da Rocha viria a ser professor. A Escola Paulista, apesar de bastante criticada nas últimas décadas pelo seu alto custo social e econômico, preocupava-se essencialmente com a promoção de uma arquitetura "crua, limpa, clara e socialmente responsável" (de uma certa maneira, influenciada pelos ideais estéticos do Brutalismo europeu), e apresentava soluções formais que supostamente permitiriam a imediata apreensão, por parte dos usuários da arquitetura, dos ideais de economia e síntese espacial expostos em seus elementos formais, dentro de um raciocínio que se convencionou chamar de verdade estrutural da arquitetura. Também caracteriza o movimento a procura de soluções formais que propiciassem a apresentação de um projeto de cidade ou de um projeto utópico na realidade interna do edifício.[carece de fontes?]

Interior da Capela de São Pedro Apóstolo, em Campos do Jordão (1987)

O gesto arquitetônico promovido por Paulo Mendes da Rocha, ou seja, as intenções projetuais que exprimem uma dada visão de mundo ou um certo desígnio, procuram cada um a seu modo propor também um suposto "projeto de humanidade", e tal ato evolui na medida em que sua carreira progride. Tal projeto, que não se resume a sua obra, é expresso também, genericamente, em toda a obra da Escola Paulista. Dado que tal gesto é, supostamente, sempre confiante, as obras de Paulo Mendes acabaram caracterizando-se por uma atitude rígida, certeira sobre o território: o arquiteto acredita que o domínio do sítio - seja através da mudança da topografia, de sua completa redefinição ou mesmo de uma mera ação sobre os fluxos de circulação do entorno - é um elemento fundamental na expressão do domínio e da integração do homem sobre e com a Natureza. Segundo suas palavras, "a primeira e primordial arquitetura é a geografia".[5]

Sua obra também é dita por alguns como caracterizada por um "raciocínio de pórticos e planos". De fato, em vários de seus projetos, a plena configuração espacial se dá através de um rápido jogo estrutural, promovido pelo domínio compositivo de elementos construtivos tradicionais (pilares e vigas, assim como paredes simples e lajes). Os projetos nos quais mais se torna clara esta característica são os do Museu Brasileiro de Escultura, da loja Forma[6] e de algumas residências. Apesar da influência visível dos já citados Mies van der Rohe e Artigas, Paulo Mendes da Rocha é aclamado por alguns como um legítimo mestre quando lida com esta linguagem.[carece de fontes?]

Foi distinguido com um doutoramento honoris causa pela Universidade de Lisboa em 20 de março de 2015[7] e pela Universidade Lusófona em 23 de Maio de 2017.

Recebeu a Medalha de Ouro da UIA de 2021.[8]

Cronologia

A intervenção arquitetônica na Pinacoteca do Estado de São Paulo valeu a Mendes da Rocha o prêmio Mies Van der Rohe para a América Latina

Controvérsias

Brasília

Fachada da Igreja de Santo Antônio, na Praça do Patriarca, em São Paulo, (2008)

O arquiteto foi publicamente contrário a construção de Brasília, em uma entrevista em 2016 declarou:

Não faz nenhum sentido. É um tropeço histórico. Não tem nada que ver com a obra do Niemeyer, que é altamente criativa. É a decisão política que, na minha opinião, é errada, dizer ao Rio de Janeiro que "aqui não é mais a capital". Eu não teria feito Brasília, se pudesse teria evitado sua construção.[10]

Praça do Patriarca (São Paulo)

A intervenção do arquiteto na Praça do Patriarca na cidade de São Paulo foi alvo de um processo em 2002. Segundo o Promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo do Ministério Público Estadual, João Lopes Guimarães Júnior, a Igreja de Santo Antônio não poderia ter a vista da sua fachada obstruída por tal elemento arquitetônico por ser tombada. Entretanto, o processo não foi adiante.[11]

Ver também

Referências

  1. «Prof. Dr. Paulo de Menezes Mendes da Rocha – 1943-1947 – ESCOLA POLITÉCNICA». Consultado em 20 de julho de 2022 
  2. a b Veiga, Edison (23 de maio de 2021). «Arquiteto Paulo Mendes da Rocha morre aos 92 anos; relembre trajetória». O Estado de São Paulo. Consultado em 24 de maio de 2021 
  3. a b «Entre a poesia e a técnica». revistapesquisa.fapesp.br. Consultado em 1 de junho de 2021 
  4. Angiolillo, Francesca (23 de maio de 2021). «Morre Paulo Mendes da Rocha, o último gigante da arquitetura brasileira». Folha de S.Paulo. Consultado em 23 de maio de 2021 
  5. Vitruvius - Arquitetura como discurso. O Pavilhão Brasileiro em Osaka de Paulo Mendes da Rocha
  6. FERNANDES, Luiz Gustavo Sobral. O novo projeto para a loja Forma. Minha Cidade, São Paulo, ano 19, n. 225.05, Vitruvius, abr. 2019 <http://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/19.225/7329>.
  7. Instituto Superior Técnico. «Cerimónia de atribuição de doutoramento honoris causa a Paulo Mendes da Rocha». Consultado em 19 de maio de 2015 [ligação inativa]
  8. The UIA Gold Medal: Paulo Mendes da Rocha
  9. «DECRETO Nº 56.506». Portal da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. 9 de dezembro de 2010. Consultado em 12 de março de 2018 
  10. «"Brasília foi um tropeço histórico", diz Paulo Mendes da Rocha». Deutsche Welle Brasil. 2 de junho de 2016. Consultado em 2 de Janeiro de 2017 
  11. Angiolillo, Francesca (10 de agosto de 2002). «Um golpe no saudosismo». Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de Janeiro de 2017 

Bibliografia

  • ARTIGAS, Rosa (org.). Paulo Mendes da Rocha. São Paulo: Cosac & Naify, 2000.
  • PIÑON, Hélio; Paulo Mendes da Rocha; São Paulo: Romano Guerra Editora, 2002.Amostra do livro
  • SOLOT, Denise Chini. Paulo Mendes da Rocha. Estrutura: o êxito da forma. Viana & Mosley, Rio de Janeiro, 2004.
  • SPIRO, Annette. Paulo Mendes da Rocha. Bauten und Projekte. Niggli, Zurique, 2002.
  • PISANI, Daniele. Paulo Mendes da Rocha. Obra completa. Gustavo Gili, Barcelona, 2013.
  • VAZ MILHEIRO, Ana; TAVARES, Gonçalo M.; SIMÕES, João Carmo. Paulo Mendes da Rocha / Museu Nacional dos Coches[ligação inativa]. Monade, Lisboa, 2015.
  • MENDES DA ROCHA, PAULO. Futuro Desenhado ou Textos Escolhidos de Paulo Mendes da Rocha. Monade, Lisboa, 2018.

Ligações externas

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  • Enciclopédia virtual do design brasileiro.
  • Texto de Flávio Motta - Revista Ponto
  • Artigo de André Augusto Alves - Revista Ponto
  • Artigo - Revista ARCOweb
  • Website del pritzker ganado en 2006
  • Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano 2010

Precedido por
Thom Mayne
Prémio Pritzker
2006
Sucedido por
Richard Rogers
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1979: Philip Johnson · 1980: Luis Barragán · 1981: James Stirling · 1982: Kevin Roche · 1983: Ieoh Ming Pei · 1984: Richard Meier · 1985: Hans Hollein · 1986: Gottfried Böhm · 1987: Kenzo Tange · 1988: Gordon Bunshaft e Oscar Niemeyer · 1989: Frank Gehry · 1990: Aldo Rossi · 1991: Robert Venturi · 1992: Álvaro Siza Vieira · 1993: Fumihiko Maki · 1994: Christian de Portzamparc · 1995: Tadao Ando · 1996: Rafael Moneo · 1997: Sverre Fehn · 1998: Renzo Piano · 1999: Norman Foster · 2000: Rem Koolhaas · 2001: Jacques Herzog e Pierre de Meuron · 2002: Glenn Murcutt · 2003: Jørn Utzon · 2004: Zaha Hadid · 2005: Thom Mayne · 2006: Paulo Mendes da Rocha · 2007: Richard Rogers · 2008: Jean Nouvel · 2009: Peter Zumthor · 2010: Kazuyo Sejima e Ryūe Nishizawa · 2011: Eduardo Souto de Moura · 2012: Wang Shu · 2013: Toyo Ito · 2014: Shigeru Ban · 2015: Frei Otto · 2016: Alejandro Aravena · 2017: Carme Pigem, Ramón Vilalta e Rafael Aranda · 2018: Balkrishna Doshi · 2019: Arata Isozaki · 2020: Yvonne Farrell e Shelley McNamara · 2021: Anne Lacaton e Jean-Philippe Vassal · 2022: Diébédo Francis Kéré · 2023: David Chipperfield
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1848: Charles Robert Cockerell 1849: Luigi Canina 1850: Charles Barry 1851: Thomas Leverton Donaldson 1852: Leo von Klenze 1853: Robert Smirke 1854: Philip Hardwick 1855: Jacques Ignace Hittorff 1856: William Tite 1857: Owen Jones 1858: Friedrich August Stüler 1859: George Gilbert Scott 1860: Sydney Smirke 1861: JB Lesueur 1862: Robert Willis 1863: Anthony Salvin 1864: Eugene Viollet-le-Duc 1865: James Pennethorne 1866: Matthew Digby Wyatt 1867: Charles Texier 1868: Austen Henry Layard 1869: Karl Richard Lepsius 1870: Benjamin Ferrey 1871: James Fergusson 1872: Baron von Schmidt 1873: Thomas Henry Wyatt 1874: George Edmund Street 1875: Edmund Sharpe 1876: Joseph-Louis Duc 1877: Charles Barry 1878: Alfred Waterhouse 1879: Marquis de Vogue 1880: John Loughborough Pearson 1881: George Godwin 1882: Baron von Ferstel 1883: Francis Cranmer Penrose 1884: William Butterfield 1885: Heinrich Schliemann 1886: Charles Garnier 1887: Ewan Christian 1888: Baron Theophil von Hansen 1889: Charles Thomas Newton 1890: John Gibson 1891: Arthur Blomfield 1892: Cesar Daly 1893: Richard Morris Hunt 1894: Lord Leighton 1895: James Brooks 1896: Ernest George 1897: Pierre Cuypers 1898: George Aitchison 1899: George Frederick Bodley 1900: Rodolfo Amadeo Lanciani 1901: No award 1902: Thomas Edward Collcutt 1903: Charles Follen McKim 1904: Auguste Choisy 1905: Aston Webb 1906: Lawrence Alma-Tadema 1907: John Belcher 1908: Honore Daumet 1909: Arthur John Evans 1910: Thomas Graham Jackson 1911: Wilhelm Dorpfeld 1912: Basil Champneys 1913: Reginald Blomfield 1914: Jean-Louis Pascal 1915: Frank Darling 1916: Robert Rowand Anderson 1917: Henri Paul Nenot 1918: Ernest Newton 1919: Leonard Stokes 1920: Charles Louis Girault 1921: Edwin Landseer Lutyens 1922: Thomas Hastings 1923: John James Burnet 1924: No award 1925: Giles Gilbert Scott 1926: Ragnar Ostberg 1927: Herbert Baker 1928: Guy Dawber 1929: Victor Alexandre Frederic Laloux 1930: Percy Scott Worthington 1931: Edwin Cooper 1932: Hendrik Petrus Berlage 1933: Charles Reed Peers 1934: Henry Vaughan Lanchester 1935: Willem Marinus Dudok 1936: Charles Henry Holden 1937: Raymond Unwin 1938: Ivar Tengbom 1939: Percy Thomas 1940: Charles Francis Annesley Voysey 1941: Frank Lloyd Wright 1942: William Curtis Green 1943: Charles Herbert Reilly 1944: Edward Maufe 1945: Victor Vesnin 1946: Patrick Abercrombie 1947: Albert Edward Richardson 1948: Auguste Perret 1949: Howard Robertson 1950: Eliel Saarinen 1951: Emanuel Vincent Harris 1952: George Grey Wornum 1953: Le Corbusier 1954: Arthur George Stephenson 1955: John Murry Easton 1956: Walter Adolf Georg Gropius 1957: Hugo Alvar Henrik Aalto 1958: Robert Schofield Morris 1959: Ludwig Mies van der Rohe 1960: Pier Luigi Nervi 1961: Lewis Mumford 1962: Sven Gottfried Markelius 1963: The Lord Holford 1964: Edwin Maxwell Fry 1965: Kenzo Tange 1966: Ove Arup 1967: Nikolaus Pevsner 1968: Richard Buckminster Fuller 1969: Jack Antonio Coia 1970: Robert Matthew 1971: Hubert de Cronin Hastings 1972: Louis I Kahn 1973: Leslie Martin 1974: Powell e Moya 1975: Michael Scott 1976: John Summerson 1977: Denys Lasdun 1978: Jørn Utzon 1979: Charles e Ray Eames 1980: James Stirling 1981: Sir Philip Dowson 1982: Berthold Lubetkin 1983: Sir Norman Foster 1984: Charles Correa 1985: Richard Rogers 1986: Arata Isozaki 1987: Ralph Erskine 1988: Richard Meier 1989: Renzo Piano 1990: Aldo van Eyck 1991: Colin Stansfield Smith 1992: Peter Rice 1993: Giancarlo de Carlo 1994: Michael e Patricia Hopkins 1995: Colin Rowe 1996: Harry Seidler 1997: Tadao Ando 1998: Oscar Niemeyer 1999: Barcelona 2000: Frank Gehry 2001: Jean Nouvel 2002: Archigram 2003: Rafael Moneo 2004: Rem Koolhaas 2005: Frei Otto 2006: Toyo Ito 2007: Herzog & de Meuron 2008: Edward Cullinan 2009: Álvaro Siza Vieira 2010: Ieoh Ming Pei 2011: David Chipperfield 2012: Herman Hertzberger 2013: Peter Zumthor 2014: Joseph Rykwert 2015: O'Donnell & Tuomey 2016: Zaha Hadid 2017: Paulo Mendes da Rocha 2018: Neave Brown

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