Paul Vinogradoff

Paul Vinogradoff
Paul Vinogradoff
História do Direito, História Medieval
Nascimento 18 de novembro de 1854 (O. S.)
Kostroma
Morte 19 de dezembro de 1925
Paris, França
Sepultamento Oxford
Nacionalidade Britânica, Russa
Cidadania Império Russo, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda
Cônjuge Louise Vinogradoff
Filho(a)(s) Igor Vinogradov, Helen Vinogradov
Alma mater
  • Universidade Imperial de Moscou
  • 4th Moscow Gymnasium
Ocupação historiador, jurista, professor de direito
Prêmios
Empregador(a) Universidade Imperial de Moscou
Causa da morte pneumonia
[edite no Wikidata]

Sir Paul Gavrilovitch Vinogradoff, FBA (em russo: Па́вел Гаври́лович Виногра́дов, transliterado: Pavel Gavrilovich Vinogradov; 18 de novembro de 1854 (O. S.) – 19 de dezembro de 1925) foi um historiador e medievalista Russo e Britânico.

Educação

Vinogradoff nasceu em Kostroma, e foi educado no ginásio local e posteriormente na Universidade de Moscou, onde estudou história com Vasily Klyuchevsky. Depois de se formar em 1875, ele recebeu uma bolsa para continuar seus estudos em Berlim, onde assistiu a aulas de Theodor Mommsen e Heinrich Brunner.

Carreira

Vinogradoff tornou-se professor de história na Universidade de Moscou, mas o seu zelo pela propagação da educação o levou a entrar em conflito com as autoridades, e, consequentemente, ele foi obrigado a deixar a Rússia. Tendo estabelecido-se na Inglaterra, Vinogradoff trouxe uma mente poderosa e original para contribuir à questão social e econômica da época na Inglaterra, um assunto que ele já tinha começado a estudar em Moscou.[1]

Vinogradoff visitou a Grã-Bretanha pela primeira vez em 1883, trabalhando em registros no Public Records Office (Secretaria de Arquivos Públicos) e reunindo-se com líderes da academia inglesa, como Sir Henry Maine e Sir Frederick Pollock. Ele também se reuniu com Frederic William Maitland, que foi fortemente influenciado pelo seu encontro.

Vinogradoff foi eleito membro da American Antiquarian Society , em 1897.[2]

Em 1903, ele foi eleito Professor Corpus de Jurisprudência na Universidade de Oxford, e foi eleito membro da Academia Britânica em 1905. Ele recebeu diplomas honorários das principais universidades, foi feito membro de diversas academias estrangeiras e foi nomeado professor honorário de história em Moscou.[1]

Após a morte de Maitland, Vinogradoff tornou-se diretor literário da Sociedade Selden junto a Sir Frederick Pollock, uma posição que ocupou até 1920. Vinogradoff foi condecorado cavalheiro (knight), em 1917.[3] Vinogradoff e seus filhos foram naturalizadas como súditos Britânicos em 1918.[4]

Em 1925, Vinogradoff viajou à Paris, para receber um diploma honorário; enquanto em Paris, ele desenvolveu uma pneumonia e morreu em 19 de dezembro.

Livros

O autor anônimo da biografia de Vinogradoff na Encyclopædia Britannica, de 1911, considerou o livro Villainage na Inglaterra (1892) como o mais importante livro escrito sobre o campesinato do feudalismo e as comunidade s de aldeia na Inglaterra; apenas poderia ser comparado em valor com o Livro Domesday de FW Maitland. Com grande eloquência, Vinogradoff mostrou que o villein (servo) dos tempos da Normandia, era o descendente direto do freeman (homem livre) Anglo-Saxão, e que os assentamentos típicos Anglo-Saxões foram comunidades livres, e não feudos, com a posição do freeman tendo sido constantemente deteriorada nos séculos apenas em torno da Conquista Normanda. O estado do villein e as condições de feudo nos séculos XII e XIII , são apresentadas com uma precisão jurídica e riqueza de detalhes que demonstram que o autor, não era apenas muito capaz como historiador, mas também um brilhante e vivido jurista.[1]

O autor de 1911 julgou que quase igualmente importante foi a redação "Folkland", de Vinogradoff no vol. viii. do livro Revisão Histórica Inglesa (1893), que mostrou pela primeira vez a real natureza deste tipo de território. Vinogradoff seguiu seu Villainage na Inglaterra com O Crescimento do Feudo (1905) e a Sociedade Inglesa do Século XI (1908), obras nas linhas de seu primeiro livro.[1]

Em "Outlines in Historical Jurisprudence" (Esboço de Jurisprudência Histórica;1920–22), Vinogradoff traça o desenvolvimento de temas básicos de jurisprudência, incluindo casamento, propriedade, e sucessão, em seis tipos de sociedade diferentes: totemística, tribal, a cidade-estado antiga, o sistema medieval do feudalismo e o direito canônico, e a sociedade moderna industrial.[1]

Obras

  • The Origins of Feudal Relations in Lombard Italy, 1880.
  • Villainage in England, Carendon Press, [publ. 1887; trans. to English 1892].
  • The Teaching of Sir Henry Maine: An Inaugural Lecture, Henry Frowde, 1904.
  • The Growth of the Manor, George Allen & Company, 1911 [1st Pub. 1905].
  • English Society in the Eleventh Century, Oxford: Clarendon Press, 1908.
  • Roman Law in Medieval Europe, Harper & Brothers, 1909.
  • Essays in Legal History Read Before the International Congress of Historical Studies, held in London in 1913, Oxford University Press, 1913.
  • Common-sense in Law, H. Holt and Company, 1914.
  • Self-government in Russia, Constable, 1915.
  • Outlines in Historical Jurisprudence (Introduction and Tribal Law), Oxford University Press, 1920.
  • Outlines in Historical Jurisprudence (The Jurisprudence of the Greek City), Oxford University Press, 1922.
  • Custom and Right, H. Aschehoug & Co., 1925.
  • The Collected Papers of Paul Vinogradoff, 2 Vol., Oxford, The Clarendon Press, 1928.

Outras

  • "The Reforming Work of Tzar Alexander II." In Kirkpatrick, F. A., Lectures on the History of the Nineteenth Century, Cambridge University Press, 1902.
  • "Social and Economic Conditions of the Roman Empire in the Fourth Century." In Gwatkin, H. M. The Cambridge Medieval History, Vol. I, The MacMillan Company, 1911.
  • "Foundations of Society (Origins of Feudalism)." In Gwatkin, H. H. The Cambridge Medieval History, Vol. II, The MacMillan Company, 1913.
  • "Russian Culture." In Bingham, Alfred. Handbook of the European War, Vol. II, H. W. Wilson Company, 1914.
  • "Russia: The Psychology of a Nation," Oxford Pamphlets, Oxford University Press, 1914.
  • The Russian Problem, George H. Doran Co., 1914.
  • "The Task of Russia." In Stephens, Winifred. The Soul of Russia, Macmillan & Co., 1916.
  • "Magna Carta, C. 39. Nullus Liber Homo, etc." In Malden, Henry Elliot. Magna Carta Commemoration Essays, Royal Historical Society, 1917.
  • "The Situation in Russia." In The Reconstruction of Russia, Oxford University Press, 1919.
  • "Introduction." In Hübner, Rudolf. A History of Germanic Private Law, Little, Brown & Company, 1918.
  • "The Work of Rome." In Marvin, F. S. The Evolution of Peace, Oxford University Press, 1921.

Como Editor

  • Oxford Studies in Social and Legal History, Vol. IV, Oxford: Clarendon Press, 1914.

Articles

  • "The Customs of Ragusa," The Law Quarterly Review, Vol. XXI, 1905.
  • "Magna Carta," The Law Quarterly Review, Vol. XXI, 1905.
  • "A Constitutional History of Hungary," The Law Quarterly Review, Vol. XXI, 1905.
  • "Transfer of Land in Old English Law," The Harvard Law Review, Vol. 20, No. 7, May, 1907.
  • "Aristotle on Legal Redress," Columbia Law Review, Vol. 8, No. 7, Nov., 1908.
  • "The Crisis of Modern Jurisprudence," The Yale Law Journal, Vol. 29, No. 3, Jan., 1920.
  • "The Meaning of Legal History," Columbia Law Review, Vol. 22, No. 8, Dec., 1922.

Referências

  1. a b c d e Anonymous 1911.
  2. American Antiquarian Society Members Directory
  3. https://www.thegazette.co.uk/London/issue/30138/page/6047
  4. https://www.thegazette.co.uk/London/issue/30505/page/1547
  • Este artigo incorpora texto (em inglês) da Encyclopædia Britannica (11.ª edição), publicação em domínio público.
  • Imperial Moscow University: 1755-1917: encyclopedic dictionary. [S.l.: s.n.] ISBN 978-5-8243-1429-8 

Ligações Externas

  • Obras de Paul Vinogradoff (em inglês) no Projeto Gutenberg
  • Obras de ou sobre Paul Vinogradoff no Internet Archive
  • Obras de Paul Vinogradoff (em inglês) no LibriVox (livros falados em domínio público)
  • Paulo Govrilovitch (sic) Vinogradoff: na Universidade McMaster de Arquivo para a História do Pensamento Econômico
Controle de autoridade