Cabau

Cabau
Cabau
Arquitrave de granito vermelho com nome de Cabau.
Faraó do Egito
Reinado 1 775–1 772 a.C. (Ryholt); 1–2 anos (Baker); 1 752–1 746 a.C. (Schneider)
Antecessor(a) Hor I
Sucessor(a) Jedequepereu
 
Pai Hor I (?)
Mãe Nubetepti I (?)
Irmão(ã) Jedequepereu (?)
Titularia
Nome Desconhecido, talvez "Sobeque"
Trono Sequenrecutaui
Sḫm-Rˁ-ḫwj-t3wj
Poderoso Rá, aquele que protege as duas terras
M23
t
L2
t
<
rasxmD43
N19
>
Hórus Cabau
Ḫˁj-b3w
A aparição do Bás<br
G5<
xa
a
G30
>
Duas Senhoras Ueendijede
WHM-DD
Renovação permanente
wHmDdDd
Hórus de Ouro Anquerempute
ˁnḫ-rnpwt
Vivendo muitos anos
anxM4M4M4
Título

Sequenrecutaui Cabau foi um faraó egípcio do início da XIII dinastia durante o Segundo Período Intermediário. Segundo o egiptólogo Kim Ryholt, ele foi o décimo sexto rei da dinastia, reinando por três anos, de 1 775 até 1 772 a.C..[1] Thomas Schneider, por outro lado, situa seu reinado de 1 752 até 1 746 a.C..[2] Alternativamente, Jürgen von Beckerath o vê como o terceiro rei da dinastia.[3][4][5] Como governante do início da 13ª dinastia, Cabau teria governado de Mênfis ao Assuão e possivelmente sobre o oeste do Delta do Nilo.[6]

Cânone de Turim

O nome de Cabau não é mencionado no cânone de Turim, e nem em outras listas de reis antigos. Kim Ryholt afirma que o nome de Cabau foi perdido em uma lacuna wsf (lit. "ausente") do cânone de Turim relatado na coluna 7, linha 17 do documento. O redator dessa lista de reis, que foi escrita no início do período Raméssida, escreveu wsf quando o documento mais antigo do qual ele estava copiando a lista tinha uma lacuna.[7]

Família

Uma arquitrave descoberta em Tânis mostra o nome de Cabau junto a de Hor I, o que pode comprovar para Kim Ryholt e Darrel Baker que eles são filho e pai, o que prova que Cabau era co-regente de Hor.[6][8] Outra descoberta foi a irmandade entre Cabau e seu sucessor Jedequepereu, deduzida por Ryholt, já que tinha uma filiação com Auibré Hor.[9]

Atestados

Selo cilíndrico de Cabau fotografada por Flinders Petrie, atualmente no Museu Petrie (UC 11527).[10][11]

Ryholt e Baker acreditam que as arquitraves do nome e prenome de Cabau e sua relação familiar com Hor não se originaram da região do Delta, mas de Mênfis. As arquitraves podem ter vindo a seus locais de descoberta após a queda da XIII dinastia, quando os hicsos moveram um grande número de monumentos de Mênfis para Aváris e outras cidades do Delta do Nilo, como Bubástis e Tânis.[6] Alternativamente, os arquitraves podem ter permanecido em Aváris até o reinado de Ramessés II, quando este rei construiu sua capital em Pi-Ramessés usando material de Aváris. Pi-Ramessés foi posteriormente desmontado durante a XXI dinastia e seus monumentos espalhados na região do Delta.[8][nota 1]

Ver também

Notas e referências

Notas

  1. Veja uma situação semelhante para os colossos de Imiremexau.

Referências

  1. Ryholt 1997, p. 321.
  2. Schneider 2002, pp. 255 e 259.
  3. Beckerath 1964.
  4. Beckerath 1997.
  5. Beckerath 1999, pp. 90-91.
  6. a b c Baker 2008, pp. 289-290.
  7. Ryholt 1997, p. 218.
  8. a b Ryholt 1997, p. 216.
  9. Ryholt 1997, p. 322.
  10. Petrie, W. M. Flinders (William Matthew Flinders) (1917). Scarabs and cylinders with names : illustrated by the Egyptian collection in University College, London. Institute of Fine Arts Library New York University. Londres: School of Archaeology in Egypt 
  11. «Seal of Khabaw» (em inglês) 

Bibliografia

  • Ryholt, K. S. B. (1997). The Political Situation in Egypt During the Second Intermediate Period, C. 1800–1550 B.C. Copenhague: Museum Tusculanum Press. ISBN 87-7289-421-0 
  • Schneider, Thomas (2002). Lexikon der Pharaonen. Dusseldórfia: Albatros. ISBN 978-3491960534 
  • Beckerath, Jürgen von (1964). Untersuchungen zur politischen Geschichte der Zweiten Zwischenzeit in Ägypten. [S.l.]: Glückstadt. ISBN 3-8053-2591-6 
  • Beckerath, Jürgen von (1997). Chronologie des pharaonischen Ägyptens. [S.l.]: Mainz am Rhein 
  • Beckerath, Jürgen von (1999). Handbuch der ägyptischen Königsnamen, Münchner ägyptologische Studien. Mainz: P. von Zabern. ISBN 3-8053-2591-6 
  • Baker, Darrell D. (2008). The Encyclopedia of the Pharaohs: Volume I - Predynastic to the Twentieth Dynasty 3300–1069 BC. [S.l.]: Stacey Internacional 
  • v
  • d
  • e
Faraós (masculino • feminino ♀) • incerto/regente
Protodinastia até 1.º Período Intermediário (c.–3150 a.C.2040)
Protodinastia
(3500–3150 a.C.)
Baixo Egito
Alto Egito
Época Tinita
(3150–2686 a.C.)
I dinastia
II dinastia
Império Antigo
(2686–2181 a.C.)
III dinastia
IV dinastia
V dinastia
VI dinastia
1.º Período Intermediário
(2181–2040 a.C.)
VII/VIII dinastias
IX dinastia
X dinastia
Império Médio
(2040–1802 a.C.)
XI dinastia
Núbia
  • Seguerseni
  • Cacaré Ini
  • Iibequentré
XII dinastia
2.º Período Intermediário
(1802–1550 a.C.)
XIII dinastia
XIV dinastia
  • Iaquebim
  • Iaamu
  • Caré
  • Amu
  • Xexi
  • Neesi
  • Catiré
  • Nebfauré
  • Seebré
  • Merjefaré
  • Seaudicaré III
  • Nebedejefaré
  • Uebenré
  • Sequedejefaré
  • Jedecuebenré
  • Autibré
  • Heribré
  • Nebsenré
  • Sequeperenré
  • Jequeruré
  • Seanquibré
  • Canefertemeré
  • Sequenré
  • Caquemuré
  • Neferibré
  • Caré
  • Ancaré
  • Semenré
  • Jedecaré
  • Hepu
  • Anati
  • Bebeném
  • Apepi
XV dinastia
XVI dinastia
  • Senebecai
  • Anater
  • Useranate
  • Senquém
  • Uasa
  • Zaquete
  • Car
  • Pepi III
  • Bebanque
  • Nebemaré
  • Nicaré II
  • Aotepré
  • Aneteriré
  • Nubanqueré
  • Nubuserré
  • Causerré
  • Iacube-Baal
  • Iaquebam
  • Ioam
  • Amu
XVII dinastia
  • Intefe V
  • Raotepe
  • Sebequensafe I
  • Mentuotepe VII
  • Nebirau I
  • Nebirau II
  • Semenenra
  • Sebequensafe II
  • Intefe VI
  • Intefe VII
  • Tao I
  • Tao II
  • Camés
Império Novo
(1550–1070 a.C.)
XVIII dinastia
XIX dinastia
XX dinastia
XXI dinastia
XXII dinastia
XXIII dinastia
XXIV dinastia
XXV dinastia
Época Baixa até Período Ptolemaico (664–30 a.C.)
Época Baixa
(664–332 a.C.)
XXVI dinastia
XXVII dinastia (persas)
XXVIII dinastia
XXIX dinastia
XXX dinastia
XXXI dinastia (persas)
Época greco-romana
(332–30 a.C.)
Dinastia macedônica
Dinastia ptolemaica
Na dinastia ptolemaica, as mulheres dos faraós governavam junto com seus maridos.